As raças autóctones e a importância de serem protegidas

As raças autóctones e a importância de serem protegidas

Portugal, apesar da sua reduzida dimensão, é rico, entre muitos outros fatores, em raças autóctones. Atualmente, segundo a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, estão, “oficialmente, reconhecidas 62 raças autóctones, sendo 51 de espécies pecuárias, 11 raças de canídeos e uma raça de abelhas”.

As raças autóctones distinguem-se pela notável uniformidade e adaptação ao ambiente em que vivem, traços que foram adquiridos ao longo de várias gerações e que representam, por isso, um valioso património genético, a que se alia um significativo potencial de valorização económica. Estas raças contribuem para a produção de alimentos de alta qualidade, muitos dos quais beneficiam das designações de origem protegida pela União Europeia, como as DOP (Designação de Origem Protegida) e IGP (Indicação Geográfica Protegida).

Em Portugal, segundo a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), são, “oficialmente, reconhecidas 62 raças autóctones, sendo 51 de espécies pecuárias, 11 raças de canídeos e uma raça de abelhas”. As espécies pecuárias reconhecidas englobam 16 raças de ovinos, 15 de bovinos, seis de caprinos, também seis de equídeos, cinco de aves e três de suínos. Porém, com base na Aliança contra a Fome e a Má-nutrição Portugal, algumas classificam-se como estando em risco de extinção.

De acordo com Susana Guedes Pombo, Diretora Geral da DGAV, “as raças autóctones são, e é bom relembrar, o notável resultado evolutivo de uma perfeita adaptação de animais aos meios onde vivem, às condições climatéricas e às pessoas que delas cuidam e que com elas desenvolveram notáveis sistemas de produção, resilientes do ponto de vista climático e assentes essencialmente, numa economia circular”.

Estas raças desempenham, hoje em dia, segundo a Diretora Geral da DGAV, um papel crucial ao abrangerem diversas áreas e atividades, contribuindo para a natureza multifuncional da agricultura, promovendo a sustentabilidade e fortalecendo a neutralidade carbónica. Além disso, desempenham um papel bastante importante na criação de produtos distintos e diferenciadores e no combate do despovoamento do interior do país. 

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