Durante o mês de julho, Barcelos inaugurou três novas exposições, em quatros espaços do município. O Museu de Olaria, a Torre Medieval, o Posto de Turismo e o Espaço Cultura da cidade são os locais onde, ao longo dos próximos dias, será possível contemplar as obras de arte.
“O Galo de Barcelos – um produto de tradição, no caminho da inovação”, “Um só caminho, múltiplos olhares” e “Lavar o Barro – Da Memória Individual à História Coletiva” são as três exposições inauguradas mais recentemente em Barcelos.
Até 22 de setembro, a coletiva sob o tema “O Galo de Barcelos – um produto de tradição, no caminho da inovação” vai estar patente na Torre Medieval e no Posto de Turismo. A figura maior do Figurado de Barcelos – o Galo – transformou-se numa peça de autor, aparecendo em novos estilos e formas, uma vez que cada artesão tem o seu ponto de vista e uma expressão própria para este ícone, seja produzido no usual barro, na madeira ou em metais e derivados. O Galo recupera formas, reinventa colorações, mistura pinturas e reflete outros símbolos da identidade nacional, como o fado, os lenços de namorados do Minho, entre outros, ao passo que assume as cores, as tendências, os gostos da sociedade atual e transforma-se num símbolo que ultrapassa a respetiva origem identitária.
A “Um só caminho, múltiplos olhares”, do pintor barcelense António Miranda, encontra-se na Galeria de Exposições Temporárias do Espaço Cultura, até 23 de agosto. De acordo com Arturo Diaz, a paisagem figurativa é a matriz da arte do autor desta obra. “Nela começou o seu percurso e a ela se mantém fiel, explorando outras possibilidades e virtualidades percetivas. Neste sentido, Miranda é esse experimentador que tem evoluído no seu percurso artístico rumo a outras figuras de um paisagismo que toca às margens do abstrato e do surreal”.
A exposição “Lavar o Barro – Da Memória Individual à História Coletiva”, da jovem artesã Lisa Barbosa, vai estar patente na Sala da Capela do Museu de Olaria, até 29 de setembro. Segundo a autora, que cresceu em Barcelos, num contacto direto com o barro, “nesta exposição, quebra-se a parede que separa o público do doméstico, confrontando os dois até que se diluem. Lavar o Barro é uma tentativa irónica, pesada e sensível de representações que ressaltam os comportamentos humanos e seus instintos mais brutos. Uma fábula que cria contacto profundo com as nossas sensações individuais, que estão inevitavelmente conectadas com os nossos antecedentes. Um pouco de mim, de vocês e de nós”.