VILAR FORMOSO – FRONTEIRA DA PAZ “MEMORIAL AOS REFUGIADOS E AO CÔNSUL ARISTIDES DE SOUSA MENDES”… UMA EXPERIÊNCIA DE EMOÇÕES!

VILAR FORMOSO – FRONTEIRA DA PAZ “MEMORIAL AOS REFUGIADOS E AO CÔNSUL ARISTIDES DE SOUSA MENDES”… UMA EXPERIÊNCIA DE EMOÇÕES!

Vilar Formoso – Fronteira da Paz “Memorial aos Refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes”, integrado no projeto da Rede das Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, é um Centro de Interpretação que homenageia o papel de Portugal no acolhimento de refugiados durante a II Guerra Mundial.

Ao manter a sua neutralidade durante o conflito, Portugal foi um dos raros portos livres da Europa, permitindo o embarque para o outro lado do Atlântico. Por essa razão, e depois da capitulação da França, em junho de 1940, milhares de refugiados chegaram às fronteiras portuguesas. A esmagadora maioria trazia vistos passados por Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus.

Dividido em seis núcleos, este Memorial tem como objetivo honrar a ação de Sousa Mendes, mas também enaltecer a forma como os refugiados foram então acolhidos pelos locais. A adaptação de dois armazéns ferroviários, utilizando formas e cores especificas, conseguiu de forma exemplar que a “arquitetura” refletisse o conteúdo histórico. Um dos exemplos mais interessantes é a transformação/distorção da forma cúbica onde se insere o primeiro núcleo num corredor escuro, afunilado e hexagonal (Estrela de David, símbolo por excelência do povo judeu).

Por outro lado, se o ambiente dos três primeiros núcleos é opressivo, os três seguintes, relativos a Portugal, são mais abertos e acolhedores. O espaço torna-se amplo, luminoso, as paredes arredondam-se, como um abraço, e o cinza-escuro até aí utilizado nas paredes dá lugar ao azul céu. Para além do enquadramento histórico, este é também um espaço onde se relatam histórias de vida de quem passou por Portugal no seu caminho para a Liberdade.

Desde a sua inauguração em 2017 que as visitas têm vindo a aumentar significativamente, destacando-se os segmentos escolares, grupos organizados e famílias. O espaço já contou com a entrada de 33.703 visitantes de várias nacionalidades, nomeadamente, portuguesa, espanhola, francesa, americana, israelita, brasileira, inglesa, alemã, holandesa, argentina, polaca, canadiana, entre outras.

O legado da herança judaica no concelho de Almeida inclui ainda a Esnoga da Malhada Sorda. Espaço igualmente conhecido como Casa do Relógio, cuja teria sido utilizado como uma sinagoga secreta para celebração de culto.

Mais informações: fronteiradapaz@cm-almeida.pt

Cultura e Património