Norteado pelo estímulo da recuperação da memória e da identidade Sefardita, o Município de Bragança criou dois equipamentos fundamentais da sua vida cultural: o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano (CICS) e o Memorial e Centro de Documentação – Bragança Sefardita (Memorial Sefardita), situados na Rua Abílio Beça, simbolicamente chamada de “Rua dos Museus”.
Desde a idade média, reinado de D. Dinis, que a cidade de Bragança acolheu comunidade judaica. À data da expulsão de Espanha em 1492, Bragança terá recebido cerca de 3 000 pessoas que vieram dinamizar o crescimento económico e o ambiente social da cidade. Fábricas de seda, trabalho de curtumes (junto ao rio Fervença), diversas atividades artesanais e lojas comerciais foram, assim, criados. A Rua dos Gatos é um dos locais que terá acolhido a judiaria.
Com a passagem ao tempo dos cristãos-novos, Bragança tornou-se um dos esteios nacionais de uma peculiar realidade de criptojudaísmo: o marranismo português despontou não só na cidade como no distrito. Durante o tempo da Inquisição, centenas de cristãos-novos de Bragança foram processados por judaísmo.
O Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano, inaugurado em 2017, é um espaço destinado à preservação das vivências das comunidades judaicas que, durante séculos, residiram e trabalharam na região transmontana e cuja memória, ainda hoje, perdura muito viva. Com arquitetura de Eduardo Souto de Moura e Joaquim Portela e com a investigação da Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste” (Universidade de Lisboa), o núcleo museológico expande-se por dois pisos.
O percurso expositivo, sob tema “Judeus sefarditas do Nordeste Transmontano: uma viagem no tempo e ao fundo da consciência social”, procura mostrar o peso da História Sefardita no território transmontano.
A narrativa começa no piso de entrada, com a homenagem aos historiadores, antropólogos, etnólogos e geógrafos que dedicaram parte dos seus estudos ao estudo sobre os sefarditas do Nordeste Transmontano. Destacam-se autores como Francisco Manuel Alves (o Abade de Baçal), Orlando Ribeiro, José Leite de Vasconcelos, entre muitos outros.
Desde a idade média, reinado de D. Dinis, que a cidade de Bragança acolheu comunidade judaica. À data da expulsão de Espanha em 1492, Bragança terá recebido cerca de 3 000 pessoas que vieram dinamizar o crescimento económico e o ambiente social da cidade. Fábricas de seda, trabalho de curtumes (junto ao rio Fervença), diversas atividades artesanais e lojas comerciais foram, assim, criados. A Rua dos Gatos é um dos locais que terá acolhido a judiaria.
Com a passagem ao tempo dos cristãos-novos, Bragança tornou-se um dos esteios nacionais de uma peculiar realidade de criptojudaísmo: o marranismo português despontou não só na cidade como no distrito.
Durante o tempo da Inquisição, centenas de cristãos-novos de Bragança foram processados por judaísmo.
O Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano, inaugurado em 2017, é um espaço destinado à preservação das vivências das comunidades judaicas que, durante séculos, residiram e trabalharam na região transmontana e cuja memória, ainda hoje, perdura muito viva. Com arquitetura de Eduardo Souto de Moura e Joaquim Portela e com a investigação da Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste” (Universidade de Lisboa), o núcleo museológico expande-se por dois pisos.
O percurso expositivo, sob tema “Judeus sefarditas do Nordeste Transmontano: uma viagem no tempo e ao fundo da consciência social”, procura mostrar o peso da História Sefardita no território transmontano.
A narrativa começa no piso de entrada, com a homenagem aos historiadores, antropólogos, etnólogos e geógrafos que dedicaram parte dos seus estudos ao estudo sobre os sefarditas do Nordeste Transmontano. Destacam-se autores como Francisco Manuel Alves (o Abade de Baçal), Orlando Ribeiro, José Leite de Vasconcelos, entre muitos outros.
O piso 1 explora a presença desta comunidade em território português, abordando a sua importância no desenvolvimento económico da região, assim como o peso e lugar das dinastias financeiras brigantinas na Época Moderna.
Muitas personalidades, com influência internacional, tiveram origem brigantina e estão aqui destacadas, como Isaac Oróbio de Castro, Jacob de Castro Sarmento e o pai do célebre pintor impressionista Camille Pissarro, Abraham Gabriel Pissarro. O último andar é inteiramente dedicado à Inquisição, num quadro profundamente imersivo.
Já o Memorial Sefardita complementa e dialoga com o CICS.
Numa abordagem mista – material e virtual – o espaço conta com uma pequena sinagoga, onde o visitante é acolhido, mostrando-se, didaticamente, a dimensão religiosa. O lugar da mulher, os ritos e o calendário têm, também, espaço consagrado nos restantes pisos fazendo a ligação à presença e dimensão da vida sefardita na cidade de Bragança. O percurso culmina, no último piso, num espaço dedicado ao estudo e investigação onde se encontra patente um arquivo de memória(s) (digital) e centro de documentação online, que serve de mote à reflexão e investigação em torno da presença Sefardita no território.
Com estes dois espaços, Bragança assume-se como motor de saber, conhecimento e cultura, no resgate de memórias que merecem ser registadas para perdurarem no tempo, construindo uma aliança entre o passado e o futuro.