As várias escolas profissionais agrícolas que existem em Portugal apostam numa formação integral dos seus alunos. Localizadas de Norte a Sul do país, estas instituições definem-se como estabelecimentos de ensino especializado no setor agrícola, que têm como princípio a preparação de novos técnicos para trabalharem em explorações agrícolas.
As escolas profissionais, no geral, são instituições de ensino secundário que pretendem formar profissionais intermédios, com habilitação equivalente ao 12º ano de escolaridade e com uma habilitação profissional de nível três. Nas escolas profissionais agrícolas existe uma vasta oferta de formação nos setores da agricultura, agroindústrias e floresta. Mais recentemente, esta oferta de formação estendeu-se às atividades do mundo rural, como é o caso do turismo, do artesanato, da cinegética e da construção civil convencional.
Se agora a atividade agrícola é encarada com mais prestígio muito se deve à mudança de mentalidade que tem vindo a ser traçada ao longo dos últimos anos. Porém, é percetível que o preconceito e a falta de reconhecimento social do setor primário ainda persistem. Apesar disto, a dificuldade mais comum assenta na falta de recursos financeiros. Também a incorreta orientação vocacional dos alunos, que muitas vezes existe apenas no papel, a extensa oferta de cursos profissionais, a escassez de recursos humanos e, em alguns casos, a necessidade de mais área para expandir as atividades ligadas à agricultura são outros dos problemas a condicionar o desenvolvimento do setor.
Quem mais sente estes inconvenientes são as várias escolas profissionais destinadas ao ensino agrícola. Contudo, nem assim baixam os braços e com toda a dedicação, empenho e profissionalismo desdobram-se em protocolos e parcerias que possibilitam, em muitos casos, taxas de empregabilidade a rondar os 100%. São jovens que, depois de terminarem a formação, estão aptos a ingressar no mercado de trabalho, já que lhes foi possível estar em contacto com a realidade, ao longo do período de aprendizagem. A confiança na qualidade da formação dos estudantes reflete-se na procura das empresas. Ainda assim, nem só para o mercado de trabalho saem alunos. Há quem escolha prosseguir os estudos no ensino superior, levando na bagagem os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, nas respetivas escolas profissionais.