Cadaval: Um Bastião do Turismo de Natureza

Cadaval: Um Bastião do Turismo de Natureza

O Cadaval é um Município da região Oeste de Portugal, conhecido pelas suas paisagens pitorescas, locais históricos e património cultural. O património natural do Concelho do Cadaval caracteriza-se pela sua diversidade, com características paisagísticas muito peculiares dada a localização das suas duas serras, “Montejunto” e “Todo o Mundo”. Atrai entusiastas da natureza através das suas paisagens deslumbrantes e da oferta diversificada de fauna e flora.

Esta região é um refúgio para quem procura a combinação perfeita entre tranquilidade e aventura ao ar livre. Os amantes de aves poderão encontrar uma vasta e diversificada população que habita esta região, com a Serra de Montejunto a servir como habitat para inúmeras espécies ao longo do ano.

Existem também áreas de piquenique envolvidas na natureza e preparadas com todos os equipamentos necessários para que o visitante possa preparar a sua refeição, enquanto desfruta do meio envolvente.

O Cadaval proporciona um convite intemporal à reconexão com a natureza. Este não é apenas um destino, é uma experiência, convidando os viajantes a abrandar, a respirar profundamente e a saborear a beleza que os rodeia.

SERRA DE MONTEJUNTO

Da serra, localizada totalmente dentro do distrito de Lisboa, em pelo coração da Região Oeste, sensivelmente paralela à costa, faz parte uma pequena cordilheira com cerca de 15 quilómetros de comprimento. Este maciço calcário, desgastado pela ação erosiva dos ventos salinos que vêm do oceano, constitui o limite sul do ‘’Maciço Calcário Estremenho’’.

A Serra de Montejunto é o miradouro natural mais alto da Estremadura, elevando-se a 666 metros de altura acima do nível médio do mar. Esta estrutura geológica, com 15 quilómetros de comprimento e sete quilómetros de largura, é rica em algares, grutas, lagoas residuais, necrópoles e fósseis pré-históricos.

Oferece um curioso contraste paisagístico e climatérico. A norte, envoltas do azul do mar, as Berlengas e o sítio da Nazaré, a sul, o cinza das cristas da Serra de Sintra e para este os verdes das Lezírias do Tejo e dos “Olivais de Santarém”.

Através da sua linha cumeada, estabelece uma fronteira natural entre zonas climatéricas diferenciadas. As massas de ar húmido e frio vindas de noroeste proporcionam a formação de densas neblinas à volta dos principais cabeços, a sudeste, com uma maior exposição solar e abrigado dos ventos, o clima é mais quente e seco. Esta fronteira também se faz sentir de igual modo na vegetação e na cultura das gentes que vivem em seu redor.

A Serra de Montejunto surge como um último refúgio para muitos animais e plantas, assumindo as aves uma particular importância, onde nidificam cerca de 75 espécies, sendo que dez são consideradas ameaçadas. A Águia Perdigueira Hieraaeetus fasciatus, o Bufo-real Bubo bubo e o Andorinhão-real Apus melba, são mesmo consideradas raras a nível nacional. Pode-se ainda encontrar uma considerável diversidade florística, sendo que já foram identificadas cerca de 400 espécies de plantas.

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM PROTEGIDA E PARQUE DE CAMPISMO RURAL

O Centro de Interpretação da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto disponibiliza informação sobre o património natural e cultural da região, podendo este ser um bom ponto de partida para os visitantes recolherem informações antes de “partir à aventura”. Conta com uma exposição permanente de interpretação ambiental, não descurando os enquadramentos sobre geologia, clima, fauna, flora, património cultural e ocupação humana.

Junto ao Centro de Interpretação localiza-se o Parque de Campismo Rural da Serra de Montejunto, com capacidade para 90 pessoas e um limite de 24 tendas, seis autocaravanas e sete bungalows.

REAL FÁBRICA DO GELO

O Monumento Nacional Real Fábrica do Gelo também pode ser visitado na Serra de Montejunto, este complexo industrial foi considerado por diversos especialistas internacionais ‘’um caso único pela originalidade das suas estruturas e pelo razoável estado de conservação’’.

A sua construção teve início em 1741 com vista a satisfazer a grande procura de gelo que existia por toda a capital. Representou um grande avanço na qualidade e higiene do processo utilizado para a “produção” de gelo, dado que este passou a ser fabricado nos tanques da fábrica e não colhido após o vento o ter amontoado, como sucedia até então.

PERCURSOS PEDESTRES

O pedestrianismo permite um maior e melhor conhecimento da natureza, fauna e flora, estimula simultaneamente uma maior sensibilização para a sua proteção, assim como promove o bem-estar físico e mental.

Na Serra de Montejunto há muito a percorrer e não lhe faltarão bons motivos para fazer uma caminhada, podendo desfrutar a plenitude da paisagem. Para o efeito encontram-se definidos quatro percursos: Trilho da Quinta da Serra, Trilho dos Currais e Calçada, Trilho do Carreiro dos SS e o Percurso da Estação da Biodiversidade da Serra de Montejunto.

Saiba mais sobre os Percursos Pedestres da Serra de Montejunto: https:// www.cadavalcativa.pt/aventura/ atividades-desportivas/170/ percursos-e-rotas

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