EDITORIAL – EDIÇÃO 1 | NOVEMBRO 2022

EDITORIAL – EDIÇÃO 1 | NOVEMBRO 2022

Começar é sempre difícil, a frase mais vezes apagada e reescrita é tantas vezes a primeira. E aqui estamos, na primeira edição de muitas, assim se espera de qualquer projeto acabado de arrancar.

Uma nova revista para divulgar aquilo que sempre foi nosso. O Património português com as suas caraterísticas particulares que resultam de uma longa História e da identidade de um povo aberto ao mundo. É também assim que nos definimos neste novo projeto, abertos a todos e para todos. Esta foi a ideia central da apresentação que escrevi e que agora recupero para a abertura destas páginas.

Queremos mesmo divulgar o melhor de Portugal. Despretensiosamente esperamos consegui-lo, e fazemo-lo nesta edição inaugural com uma capa de rara beleza que nos remete para o “conto de fadas” que a paisagem de Sintra é. Chegam-nos ainda apontamentos históricos, culturais e patrimoniais de vários pontos do país. E fomos até ao limite da nossa fronteira (re)visitar fortalezas e autênticos santuários de proteção animal.

Foi um inegável prazer podermos interagir por alguns momentos com os afáveis Burros de Miranda, ou com as enormes vacas Mirandesas. Sem esquecer essas rainhas das montanhas que são as nossas cabras serranas. A preservação do património genético é de extrema importância, e quando nos cruzamos ao vivo com estes animais não conseguimos passar indiferentes a este tema.

Mas há outras raças também que, embora não sejam originalmente portuguesas, já andam por cá há tantos anos que as temos praticamente como nossas. É o que acontece com aquelas a que chamamos popularmente “Turinas” e que produzem praticamente todo o leite português.

Deixo uma última nota para um estudo pioneiro, publicado recentemente, que concluiu que os visitantes de Património em Portugal são, em mais de 70%, estrangeiros. Para que este recurso possa gerar mais riqueza é da maior importância mobilizar a população portuguesa para conhecer o que, afinal, é seu! Acreditamos que publicações como esta podem dar o seu contributo para aproximar os portugueses do que é intrinsecamente português.

Sem orgulhos desmedidos nem isolacionismos ignorantes, apenas com respeito e sincera curiosidade pela nossa História comum.

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