Festival de Almada homenageia João Mota na sua 40ª edição

Festival de Almada homenageia João Mota na sua 40ª edição

O Festival de Almada começa hoje, dia 4 de julho, a celebrar a sua 40ª edição, contando com os mais céleres criadores e companhias nacionais e internacionais. Até 18 de julho estão previstos, em nove palcos de Almada e Lisboa, vinte espetáculos de teatro, dança e novo circo. O ator e encenador João Mota será homenageado, subindo a palco a sua penúltima encenação – “Não andes nua pela casa”, de Georges Feydeau.

É entre o teatro, a dança e o novo circo que o Festival de Almada celebra a sua 40ª edição, realizando-se oito espetáculos portugueses e doze estrangeiros em nove palcos de Almada (Teatro Municipal Joaquim Benite, Escola D. António da Costa, Fórum Romeu Correia, entre outros) e no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Entre as criações portuguesas destacam-se as duas estreias no festival, sendo elas a Companhia de Teatro de Almada e o Teatro Griot/ Artistas Unidos. Participarão também peças de teatro do Teatro Nacional São João, Teatro do Vestido, da Formiga Atómica, e de Rui M. Silva. O Espetáculo de Honra 2023, uma iniciativa que permite ao público votar na sua criação artística favorita, recebe a peça “Eu sou a minha própria mulher”, de Doug Wrigth, na encenação de Carlos Avilez, dirigida para o Teatro Experimental de Cascais

Internacionalmente marcarão presença, pela primeira vez, os coreógrafos Martin Zimmermann da Suiça e Yoann Bourgeoism da França; a Batsheva Dance Company, apresentando uma peça do seu coreógrafo residente, Ohad Naharin e o coletivo françês Galactik Ensemble. Estreiam-se também a encenadora e atriz libanesa a Hanane Hajj Ali e o ator e encenador, com origem argelina, Abdelwaheb Sefsaf. Já de regresso ao festival estão o alemão Peter Stein e o inglês Declan Donnellan, com dois “textos basilares da dramaturgia universal”, indica o comunicado de imprensa do Festival de Almada. O berlinês Schaubühne também já é conhecido no evento, trazendo desta vez uma encenação do suíço Milo Rau. Os catalães Els Joglars, os belgas Raoul Collectif, e o criador galego Pablo Fidalgo também regressam com novas criações.

Antes de cada espetáculo da noite, haverá concertos de músicas do mundo na Escola D. António da Costa, com entrada livre.

Para além desta animação artístico-cultural o evento irá homenagear o ator e encenador João Mota, fundador da Comuna “Teatro de Pesquisa”, com apresentações em mais de vinte países, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II entre 2011 e 2015 e foi também agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Mérito Municipal –Grau de Ouro, e a Medalha de Mérito do Ministério da Cultura. No dia 8 de julho, pelas 22 horas, entra em palco a peça “Não andes nua pela casa”, de Georges Feydeau – a penúltima encenação de João Mota.

Está de regresso o curso de formação “O sentido dos Mestres”, direcionado este ano para a produção em teatro e lecionado pelo professor universitário italiano Franco Laera. Conversas entre os principais criadores artísticos também estão programadas, destacando-se o Encontro da Cerca, que tem como tema “A Inteligência Artificial e a criação artística” e será coordenado pela jornalista do jornal Público Karla Pequenino.

As assinaturas, isto é, as entradas para todos os espetáculos, podem ser adquiridas em ctalmada.pt, no Teatro Municipal Joaquim Benite, e nas lojas FNAC.

*Foto principal: Pedro Soares | Peça “Não andes nua pela casa”

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