O “Caminho” pela costa de Esposende

O “Caminho” pela costa de Esposende

O Caminho Português da Costa para Santiago de Compostela é, em Esposende, um trajeto marcado pela beleza das paisagens e pela menor exigência física das suas etapas, em comparação com outros traçados.

Reconhecendo a importância crescente do percurso, o Município de Esposende tem investido nesta área, na melhoria de percursos e no reforço da informação disponibilizada, através da sinalética e dos suportes oferecidos no Centro de Informação Turística, além da melhoria das condições do Albergue de Marinhas.

Tendo sido usada a Via Veteris, na Idade Média, como forma de chegar a Compostela, só na Época Moderna o Caminho Português de Peregrinação à cidade de Santiago ganhou maior relevo.

Por este caminho circulam atualmente milhares de peregrinos que, a pé, a cavalo, de bicicleta ou até mesmo de barco, seguem as “setas amarelas”.

São visíveis, ao longo do percurso, as marcas da devoção e evocação deste espírito de peregrinação, patentes em igrejas, alminhas e cruzeiros, um pouco por todo o concelho, nos seus 17 quilómetros, desde Apúlia a Antas (S. Paio). Nomes como “Estrada Real”, “Estrada dos Cavaleiros” ou “Estrada Velha” (Karraria Antiqua ou Via Veteris) estão ainda bem presentes e indicam-nos sempre um mesmo sentido.

Esposende está dotado de um albergue para peregrinos e oferece grande quantidade de alojamentos, serviços de restauração e outras comodidades para os peregrinos pernoitarem e relaxarem.

Se o destino é Santiago de Compostela, Esposende reúne as condições ideais para observar e sentir aquilo que a natureza proporciona por estas paragens ao contemplar o Parque Natural do Litoral Norte, a orla e as praias, os rios Cávado e Neiva e, ao passar sobranceiro aos montes que pertencem à Arriba Fóssil, permite admirar as marcas do homem, patentes nos monumentos que bordejam este troço do Caminho.

Outra componente marcante no Caminho prende-se com a colocação de obras de arte, ao longo do percurso. Uma escultura em granito de “São Tiago”, da autoria de Cláudio Alves e o “Caminhante”, peça em aço, da autoria do escultor Jorge Braga fazem parte da paisagem.

A gastronomia é outro fator distintivo deste território, com os restaurantes típicos a sugerirem pratos de peixe e marisco, pescados na costa e nos rios, harmonizados pelos vinhos verdes produzidos nas quintas do concelho, concluindo com os doces típicos locais: as Clarinhas.

Os peregrinos não ficam indiferentes à passagem por este “privilégio da natureza”.

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